domingo, 24 de janeiro de 2016

TERAPIA ASSISTIDA POR ANIMAIS – TAA


Foto: http://www.clickfozdoiguacu.com.br/foz-iguacu-noticias/

Em um sentido amplo, o termo terapia assistida por animais (TAA) inclui práticas e ações que promovem benefícios motivacionais, educacionais, recreativos e, principalmente, terapêuticos para melhorar a qualidade de vida e bem estar.

O contato e a convivência com animais sempre trouxe benefícios ao homem. Com a descoberta da TAA, as sensações de conforto e calma comuns a essa relação passaram a fazer parte do processo terapêutico de tratamento de diversas doenças, com eficiência atestada cientificamente.

Neste tipo de terapia, o animal é parte integrante do tratamento, ajudando a resgatar a afetividade, estimulando a sensorialidade e aumentando o ânimo do paciente. Também ajuda em exercícios fonaudiólogos, fisioterapêuticos, psicológicos e respiratórios através de muitas dinâmicas.

Há diversos casos em que as terapias com a participação de animais podem ser utilizadas:
·       idosos em lares de repouso;
·       pessoas com deficiências mentais ou problemas de aprendizagem;
·       pessoas hospitalizadas ou com problemas físicos;
·       crianças e adultos com problemas de adaptação social;
·       pessoas com problemas psicológicos

Também podem ser direcionados a pessoas de diferentes faixas etárias, instituições penais, casas de saúde, escolas e clínicas de recuperação.


Foto: google imagens

Tomando como exemplo, temos os tratamentos psicológicos. Este tipo de terapia surgiu em 1972, na Inglaterra, para o tratamento de doentes mentais em um asilo psiquiátrico em Londres. No Brasil, o método foi introduzido no ano de 1997 pela veterinária e psicóloga Dra. Hannelore Zucks. Neste tipo de tratamento, as atividades com os animais diminuem a ansiedade e dor. Dessa forma, até mesmo o uso de medicamentos diminui. Além disso, há casos comprovados na diminuição de sinais de depressão, pois o contato com os animais aumenta os níveis de endorfina.

Um dos animais mais utilizados em TAA é o cão. Gatos, coelhos, tartarugas, calopsitas, cavalos e burros também são comuns em terapias de recuperação e reabilitação e são indicados de acordo com a necessidade do paciente. A escolha da espécie mais adequada para o tratamento é feita sempre através de avaliação médica, e passa por etapas, tais como:
- os animais devem estar com as vacinas em dia e passarem por exames periódicos;
- os animais devem ser selecionados conforme o comportamento e ter treinamento  constante;
- o paciente precisa gostar de animais;
- o paciente não pode apresentar alergias.

*    Cães e gatos


            O simples ato de acariciar um gato ou um cachorro já ajuda no tratamento, já que, além de proporcionar os estímulos motores, ajuda emocionalmente, acalmando o paciente hospitalizado.

            Entre as inúmeras espécies que podem participar do processo, os cães das raças Shih-tzu, Lhasa-apso, Labrador, Golder Retriever, Cocker, Buldogue Inglês, Buldogue Francês e Poodle são os mais requisitados por possuírem comportamento tranquilo e dócil.


Foto: http://www.pensamentoverde.com.br/meio-ambiente/beneficios-terapia-assistida-animais-taa/

*    Cavalos e burros


            Também chamada de equinoterapia, hipoterapia ou asinoterapia, a presença dos animais ajuda em tratamentos de crianças com paralisia cerebral, síndrome do Down, autismo, hiperatividade,  esclerose múltipla e traumatismos cerebrais.

            O tratamento é feito por meio da montaria no animal, o que estimula o contato físico e desperta os estímulos necessários, ou apenas pela simples interação com o animal. alimentando-o ou escovando-o. Também permite, durante a cavalgada, o fortalecimento da musculatura de pacientes com habilidade limitada de funções motoras.


Foto: http://umolharsobreoautismo.blogspot.com.br/2009/01/terapia-com-animais.html

*    Coelhos

            Os coelhos ajudam na coordenação motora porque segurar no colo um animalzinho desses, que é geralmente ativo, é um ótimo exercício.


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*    Calopsitas

Algumas atividades podem ser feitas com calopsitas, como alimentá-las, deixá-las no ombro (são utilizados animais mais mansos nesses casos), contar histórias sobre elas ou desenhá-las, observando o animal.


Foto: http://revistaguiainfantil.uol.com.br/professores-atividades/110/imprime263255.asp

Em São Paulo, há vários lugares onde é aplicada a TAA. O Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (IPq-HCFMUSP) é um deles, onde utiliza esse recurso para tratar  crianças autistas pacientes do ambulatório de psiquiatria

           Lembrar que todas as visitas são dirigidas por um ou mais profissionais especializados e/ou pelo dono do animal, devidamente treinados para a atividade.


Referências –
http://www.pensamentoverde.com.br/meio-ambiente/beneficios-terapia-assistida-animais-taa/
http://www.clickfozdoiguacu.com.br/foz-iguacu-noticias/15-razoes-para-voce-apoiar-a-terapia-assistida-por-animais
http://umolharsobreoautismo.blogspot.com.br/2009/01/terapia-com-animais.html
http://www.bolsademulher.com/pet/conheca-os-beneficios-que-terapias-com
http://revistaguiainfantil.uol.com.br/professores-atividades/110/imprime263255.asp
file:///C:/Users/Meus%20documentos/Downloads/Terapia+com+animais.pdf
http://blog.farmina.com.br/pet-terapia-conheca-os-beneficios

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

CHOCOLATE & CÃES E GATOS



Foto: google imagens

Quem resiste a um olhar do animalzinho pedindo “só um pedacinho” de algum alimento, não é verdade? Mas nem tudo que comemos faz bem aos animais, e o chocolate faz parte da lista de alimentos nocivos a eles.



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O chocolate deriva das sementes assadas do cacau (Theobroma cacao). Na sua constituição existe a metilxantinas e seus derivados: a teobromina e a cafeína. A teobromina se acumula e rapidamente atinge concentrações tóxicas no organismo dos animais, podendo causar mal-estar ou levá-los ao óbito. Além do risco de intoxicação, o excesso pode causar obesidade, problemas nos dentes e até diabetes.

A teobromina apresenta meia vida longa e sua eliminação ocorre pelo fígado. Nos caninos, essa substância age no organismo por cerca de 17 horas, podendo ficar no organismo por até 5 dias. O fígado deles não consegue metabolizar essa substância com a mesma rapidez do nosso.

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·                            O grau de intoxicação vai depender dos seguintes fatores:

      § O tipo de chocolate ingerido: quanto mais escuro for o chocolate, há maior concentração de teobromina; há uma maior possibilidade de ocorrer à intoxicação (tabela 1). Nos gatos, 350 gramas de chocolate ao leite é a quantidade que pode levar à morte um animal com seis quilos, já que o doce em questão contém 154 miligramas da substância prejudicial.
     
 Tabela 1
Foto: http://www.semeve.com.br/chocolate-e-caes-uma-combinacao-perigosa/

·   ·       O tamanho do cão influencia na intoxicação: geralmente é mais comum em animais de pequeno porte, pois há maior quantidade de chocolate disponível em relação ao seu peso corporal (tabela 2). Já 100 a 150 gramas do doce são suficientes para intoxicar o gato gravemente. 


Tabela 2
Foto: http://www.semeve.com.br/chocolate-e-caes-uma-combinacao-perigosa/

·   ·       É mais comum em animais mais jovens e filhotes, pois costumam ingerir alimentos estranhos por serem mais curiosos (geralmente).


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Sinais e sintomas -

Os primeiros sinais de intoxicação pela teobromina aparecem entre 6 e 12 horas após a ingestão do chocolate e são caracterizados por excitação, hipertermia (temperatura corpórea acima do limite da normalidade), ofegância, tremores, arritmias cardíacas, hipertensão arterial, dor e dilatação abdominal, hemorragia intestinal, diarreia, vômito e, em casos graves não tratados a tempo, instala-se um quadro de hipotermia (temperatura corpórea abaixo do limite da normalidade), hipotensão (pressão arterial abaixo do limite da normalidade), coma e morte do animal.

                                                                                 Foto: google imagens

Assim como a teobromina, a cafeína também é uma variação da metilxantina e está presente no chocolate e causa graves efeitos nos cães. A cafeína potencializa os efeitos da teobromina, agindo principalmente no músculo cardíaco, causando taquicardia (aceleração dos batimentos cardíacos) além de taquipneia (aumento da frequência respiratória) e até convulsões.

         Evite deixar chocolates (ou quaisquer tipo de alimentos) ao alcance dos animais, para evitar situações indesejáveis.

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     Não medique o animal!Ele deve ser levado imediatamente a uma clínica em casos de intoxicação por chocolate, quando apresentarem quaisquer sinais ou sintomas descritos acima. O tratamento correto será indicado pelo médico veterinário.


Referências –

http://www.semeve.com.br/chocolate-e-caes-uma-combinacao-perigosa/
http://www.unicruz.edu.br/15_seminario/seminario_2010
http://www.planetagato.com/gatos-podem-comer-chocolate/

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

BANHO E TOSA & ESTRESSE

Foto: google imagens

Estresse não é apenas um sintoma humano. Cães e gatos também podem apresentar a característica quando confrontados com situações difíceis.

O banho e tosa pode ser um momento desencadeador de estresse para os animais. Este serviço vem crescendo no Brasil, uma vez que muitos proprietários não dispõem de tempo e habilidade para a realização da higiene de seu animal em domicílio.

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A partir do momento que o animal é retirado de seu habitat e introduzido em um novo ambiente, já há motivo suficiente para causar um quadro de estresse, mesmo que seja mínimo e imperceptível. O ambiente de banho e tosa pode parecer um local inofensivo, mas até mesmo um animal saudável pode vir a óbito durante tais procedimentos em decorrência de traumas físicos e, principalmente, de estresse. A presença de outros cães, muitas vezes estressados e latindo, de cadelas no cio, ou de gatos também tornam o animal ansioso, independente da sua idade.

Relatos de banhistas, tosadores, técnicos e médicos veterinários presentes no local destacam a agitação, pânico e agressividade do animal, aumento de sua frequência cardíaca e respiratória, como também perda da consciência por alguns minutos na maioria dos casos.

Cães de pequeno porte, principalmente poodle, lhasa-apso, yorkshire, shih-tzu e maltês, além de serem os cães que mais frequentam o banho e tosa, são os animais com maior probabilidade de vir a óbito por estressem pois apresentam um elevado nível de energia e ansiedade.

Foto: http://www.cachorrogato.com.br/cachorros/banho-tosa-como-abrir/

Animais braquicefálicos, como cães da raça bulldog inglês e francês, pequinês, boxer e pug, além de gatos da raça persa, himalaio, dentro outros, apresentam anormalidades anatômicas congênitas das vias respiratórias superiores e quando são submetidos a esforços físicos excessivos ou a temperaturas ambientais muito altas, podem apresentar alterações respiratórias acentuadas.

Animais jovens com menos de um ano de idade apresentam maior probabilidade de vir a óbito, pois são extremamente agitados.

Animais idosos necessitam de atenção especial, pois a probabilidade de apresentarem alguma doença preexistente é alta. Em uma situação de estresse, o seu organismo não dispõe de mecanismos suficientes para reverter determinada situação a tempo.

Foto: http://www.meucaovelhinho.com.br/bem-estar-animal/banho-sem-estresse-

Os gatos, independente da raça, são extremamente suscetíveis às alterações ambientais. O simples ato de levá-los ao médico veterinário ou a pet shop pode causar inúmeras alterações nos parâmetros fisiológicos, que devem ser cuidadosamente observadas e avaliadas. Em gatos, é interessante realizar o banho desde filhote, porque eles são ariscos.

Foto: http://desvet.blogspot.com.br/2009/11/banho-em-gatos-e-o-estresse.html

Importante: Por conta desse rápido crescimento de mercado aliado a uma concorrência intensa, podemos deparar com estabelecimentos que não estão de acordo com o proposto pela Resolução nº 878, de 15 de fevereiro de 2008, do Conselho Federal de Medicina Veterinária, que trata da obrigatoriedade da presença de um responsável técnico médico veterinário no estabelecimento de banho e tosa. Associado a isso, alguns estabelecimentos não apresentam profissionais treinados adequadamente para a realização do banho e tosa do animal, ficando sujeitos a perder clientes se estes acharem que seus animais passaram, desnecessariamente, por uma experiência negativa e até mesmo traumática.

E o que fazer?

Foto: google imagens

Certas atitudes podem melhorar o bem-estar do animal, como, por exemplo, levá-lo ao pet shop para conhecer o ambiente antes do dia do banho, para não estranhar em um primeiro momento e ir se habituando a esse novo ambiente.

Também podemos destacar a presença do proprietário no primeiro banho. Com isso, verifica-se o comportamento do animal, que pode se sentir seguro e permanecer tranquilo ou pode demonstrar inquietação, querendo ir de encontro ao seu dono. A frequência da presença do proprietário após o primeiro banho será decidida entre os banhistas e o dono do animal, sempre contando com o bem-estar deste.

Outra opção para a diminuição do estresse dos animais durante o banho e tosa é o serviço a domicílio. O banho a domicílio pode ser uma solução para o cão ou gato que se sente "acuado" no ambiente do pet shop. O uso de secador e de outros tipos de artefatos para o serviço, além do convívio com outros animais, serve como uma situação de estresse. Em casa, o animal consegue se sentir seguro. Cães idosos ou com traumas também estarão acolhidos da melhor forma para o seu bem-estar.


Referências –
Revista mv&z (Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia) – VOL 13 – Nº 3 – 2015 (páginas 24 a 29)
http://sites.uai.com.br/app/noticia/saudeplena/noticias/2015/03/21/noticia_saudeplena,152612/especialistas-dao-dicas-para-reduzir-o-estresse-dos-bichos-nas-visitas.shtml
http://www.comerciodojahu.com.br/noticia/1326121/banho-a-domicilio-diminui-estresse-em-caes
http://patologia.vet.br/waUpload/anna-carolina-m00125092015125438.pdf
http://www.meucaovelhinho.com.br/bem-estar-animal/banho-sem-estresse-