domingo, 12 de fevereiro de 2017

DIROFILARIOSE


http://holterecg.vet.br/dirofilariose-e-pro-heart.html

A dirofilariose foi identificada nos Estados Unidos em 1847 e ocorria mais frequentemente no litoral sudeste dos Estados Unidos. Recentemente, tem sido encontrada em todos os 50 estados.
É uma doença causada pelo nematódeo dirofilária, pertencente a ordem Spirurida e família Onchocercidae. Este gênero de nematódeo (Dirofilaria) parasita os vasos sanguíneos e linfáticos, os músculos, o tecido conjuntivo e as cavidades serosas dos mamíferos. 
Os vermes adultos do Dirofilaria immitis costumam-se alojar na artéria pulmonar e no ventrículo direito, enquanto que Dirofilaria repens têm preferência pelo tecido subcutâneo, sendo possível a localização errática destes parasitas.
Para que ocorra a doença, é necessário um vetor biológico, que é o hospedeiro intermediário: mosquitos dos gêneros Aedes (cerca de 29 espécies), Anopheles (12 espécies), Mansonia (14 espécies) e Culex (6 espécies).
Esta doença acomete principalmente os cães (hospedeiro definitivo), mas também podem atingir gatos, furões e o homem (hospedeiros acidentais). Poucos vermes, como cinco adultos, podem ser letais para um furão.

http://policlinicaveterinaria.com.br/dirofilariose/

O gato se diferencia do cão em vários aspectos importantes em relação à infecção pelo verme:
- tendem a albergar poucos vermes adultos, o que os tornam “amicrofilarêmicos”, ou seja, num exame com métodos de concentração pode não acusar presença de microfilária.
- podem desenvolver enfermidade grave devido às migrações dos vermes do coração adultos jovens em seus pulmões – síndrome HARD (hearthworm associated respiratory disease).
- podem possuir vermes migrando para locais atípicos, podendo morrer subitamente como um resultado da migração.
- a terapia adulticida em gatos normalmente está reservada para animais em condições estáveis.
- a remoção cirúrgica dos vermes é considerada uma opção em potencial para gatos.


Dirofilariose humana –


O homem pode infectar-se quando são picados por mosquitos infectados com microfilárias. 
Em humanos, o ciclo do parasita D. immitis não se completa como nos animais. As microfilárias são transmitidas para o sangue periférico e, normalmente, não conseguem ultrapassar o tecido subcutâneo, morrendo neste. Eventualmente alguns parasitas podem migrar até o coração, alojando-se no ventrículo direito, e desenvolverem-se até adultos jovens.
O parasita que não está no seu hospedeiro habitual, quando morre, é conduzido para o tecido pulmonar, através das artérias pulmonares, onde gera quadros de embolia, resultando em infarto pulmonar, formando granuloma e causando a doença dirofilariose pulmonar humana.


Transmissão –

O ciclo de vida de D. immitis é iniciado quando o cão é picado por um mosquito infectado. As microfilárias de Dirofilaria immitis são levadas por mosquitos fêmeas; distribuem-se pela circulação, sendo ingeridas por mosquitos ao se alimentarem no animal (em estágio L1). Isto ocorre após um período de 10 a 14 dias de evolução no corpo do mosquito. O desenvolvimento larval ocorre nos túbulos malpigianos, após o qual as larvas de terceiro estágio (L3) infectantes migram para as glândulas salivares do mosquito. 
 Quando estes mosquitos se alimentam em outro animal, as larvas são introduzidas em seu organismo, onde passam a se desenvolver (L4) dentro de 3 dias após a infecção. Estas larvas de quarto estágio residem nos tecidos conjuntivos e músculos do abdômen e tórax por vários meses após a infecção.
Após a muda final, os adultos imaturos de quinto estágio (L5)  migram para as artérias pulmonares, aparentemente através da circulação venosa. Após alcançarem o lado direito do coração, os jovens adultos maturam e começam a produzir microfilárias, de seis a nove meses após a infecção.
As microfilárias circulam no sangue do cão e são capazes de sobreviver por mais de dois anos e meio.

Obs: aproximadamente seis meses após a penetração das larvas na pele do hospedeiro ocorre a primeira microfilaremia, com quantidade de larvas aumentando nos próximos seis meses. A gravidade da moléstia varia conforme o número de vermes adultos que o cão abriga, podendo variar de 1 a 250 vermes.

Ciclo da dirofilariose
http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAUaIAJ/dirofilariose-caes

O gato se diferencia do cão em vários aspectos importantes em relação à infecção pelo verme. Podem desenvolver uma enfermidade grave devido às migrações dos vermes adultos jovens em seus pulmões mesmo se eles não desenvolverem infecção patente. Podem possuir vermes migrando para locais atípicos e podem morrer subitamente como um resultado da migração aberrante dos vermes.

No período pré-patente (entre a infecção e o aparecimento das primeiras microfilárias no sangue), não há qualquer evidência de infecção. No período patente, quando as microfilárias podem ser detectadas no sangue circulante, é o período da doença clínica.

Obs: as microfilárias de Dipetalonema reconditum passam por um processo semelhante, mas o hospedeiro intermediário é a pulga (Ctenocephalides felis) ou o piolho (Heterodoxus spiniger).


Sinais e sintomas –

Nos cães, pode ser observada uma mudança no comportamento, podendo mostrar agitação ou apatia. Ocorre perda de peso, há intolerância ao exercício, ascite, edema dos membros, síncope, dispneia e tosse com hemoptise (expectoração de sangue proveniente dos pulmões), caso haja tromboembolismo pulmonar. Pode desenvolver ascite (líquido na cavidade abdominal).
Nos gatos os sintomas são mais agudos, geralmente levando à morte súbita sem que o dono detecte qualquer sintoma.


Diagnóstico –

A infecção por dirofilária em cães pode ser diagnosticada através de vários testes de detecção de antígenos ou pela observação de microfilárias no sangue. Os antígenos irão aparecer no sangue após cinco meses da inoculação das larvas de terceiro estágio (L3). As microfilárias de D. immitis começam a aparecer na circulação cerca de seis meses e meio após a exposição do cão às picadas dos mosquitos infectados. Assim, durante o período pré-patente, as microfilárias podem não ser detectadas em amostras de sangue de um cão infectado.
No caso de dirofilariose grave, as alterações presentes nas radiografias torácicas são patognomônicas, ou seja, específicas da doença. A radiografia é o exame que fornece a maior quantidade de informações relativas à gravidade da doença.


Radiografia mostrando o aumento de tamanho do coração em um cão
http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAUaIAJ/dirofilariose-caes?part=3


A ecocardiografia deve ser utilizada em associação com outros métodos diagnósticos. Através dela, é possível detectar o aumento do coração direito como também parasitas adultos, pois estes são bastante ecogênicos.


Tratamento –

Diferentes anti-helmínticos são usados para atingir três diferentes estágios parasitários de D. immitis: vermes adultos em artérias pulmonares e no lado direito do coração, microfilárias na circulação sanguínea e larvas dos mosquitos migrando através dos tecidos até o coração.
A terapia adulticida em gatos normalmente está reservada para animais em condições estáveis. 
O tratamento profilático deve ter início entre as 6 a 8 semanas de idade em regiões endêmicas ou, em regiões não endêmicas, 1 mês antes e 1 mês depois da época do mosquito.


Prevenção -       

A dirofilariose é uma doença grave, podendo ser potencialmente fatal para diversos animais. Sua prevenção, porém, é muito fácil de ser realizada devido à disponibilidade de fármacos profiláticos seguros, efetivos, convenientes e fáceis de serem administrados. Pode ser através de administração mensal oral ou tópica de uma lactona macrocíclica de liberação lenta. Também é importante:

·       Controle de mosquitos com utilização de inseticidas.

·       Em áreas endêmicas, pode-se prevenir a infecção dos cães por Dirofilaria immitis mediante tratamento destes, antes do início da estação de mosquitos e de forma continua durante dois meses, com a finalidade de destruir as larvas infectantes.

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A prevalência da dirofilariose depende da distribuição dos mosquitos transmissores. O controle dos mosquitos, embora invisível para o público e para a maioria dos médicos veterinários, ainda tem um grande papel na manutenção dos baixos níveis de infecção do verme do coração que de outra forma existiriam.
A frequência da infecção está relacionada aos sinais básicos e estilo de vida do animal.    


Referências –

Bowman, Dwight D.
Georgis – Parasitologia veterinária / Dwight D. Bowman [e colaboradores]
Rio de Janeiro : Elsevier, 2010

http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/saude/vigilancia_em_saude/controle_de_zoonoses/lab_zoonoses/index.php?p=5564
http://www.scalibor.pt/Parasitas-doencas-e-prevencao/A-dirofilariose-canina.aspx
https://saudepublica.wordpress.com/arquivo/zoonoses/
http://www.fmv.ulisboa.pt/spcv/PDF/pdf12_2014/70-78.pdf
http://faef.revista.inf.br/imagens_arquivos/arquivos_destaque/8vOsNxB3Yff5Dez_2013-6-27-15-28-46.pdf
http://tudosobrecachorros.com.br/2012/04/dirofilariose-parasita-coracao.html



sábado, 4 de fevereiro de 2017

INTOXICAÇÕES - MEDICAMENTOS

TEMA 2: INTOXICAÇÃO – MEDICAMENTOS

http://mundologia-veterinariaebiologia.blogspot.com.br/2015/10/medicamentos-humanos-toxicos-para-caes.html


Há uma diversidade de medicamentos disponível no mercado e muitos deles são vendidos sem prescrição médica. Essa facilidade pode parecer favorável, mas acarreta muitos problemas caso não seja vista com cautela.
É comum o uso indevido de medicamentos por humanos, e isso se estende aos animais. Tutores de animais podem prejudicar a saúde destes ao invés de ajudar, por falta de informação ou falta de tempo e dinheiro para levá-lo ao médico veterinário. O descuido no armazenamento do medicamento também pode causar problemas por ingestão indevida, por animais mais curiosos.
Qualquer medicamento é potencialmente tóxico; isso vai depender da dose administrada, da raça do animal e da espécie (cada espécie possui metabolismo diferente e necessita de dosagem diferente).  
A idade também influencia no grau de intoxicação. O metabolismo hepático dos filhotes só é total após o quarto mês de vida; portanto, quaisquer doses nesses animais podem ser prejudiciais à saúde. Animais mais idosos e com problemas hepáticos também podem apresentar problemas.

Gatos
http://ongadota.blogspot.com.br/2016/07/medicamentos-perigosos-para-caes-e-gatos.html

Os gatos possuem uma deficiência na enzima responsável pelo metabolismo dos fármacos – a glicuronil transferase - que é encontrada no fígado. Com isso, devem-se administrar com cautela os medicamentos necessários, não podendo ter base na posologia indicada para cães.
Os gatos também apresentam a hemoglobina mais susceptível a oxidar. Isso dificulta o transporte do fármaco, fazendo com que a distribuição seja mais lenta e o acúmulo pode causar intoxicação.

Sistemas afetados nas intoxicações medicamentosas

Farmacodermias lesões na pele que podem ser causadas por medicamentos de uso tópico, injetável ou oral. Geralmente as lesões regridem ao cessar o uso do medicamento.

Gastrointestinais são comuns ocorrer vômito e diarreia. Vômitos podem ser branco e espumoso (indicativo de gastrite), bilioso (indicativo de problemas hepáticos), com presença de sangue digerido (lembra borra de café) ou sangue vivo (hematêmese). A diferença do sangue (digerido ou vivo) vai depender do comprometimento do órgão.  Sangramentos muito intensos causam acúmulo rápido do sangue e o extravasamento é maior, saindo junto com o vômito. As diarreias podem apresentar sangue vivo (hematoquezia) ou sangue digerido (melena). Quando ocorre hematoquezia, é um indicativo de que o sangramento provém da última porção do intestino delgado ou do intestino grosso; quando ocorre melena, indica que o sangramento provém da boca, esôfago, estômago e duodeno, pois se torna digerido até sair nas fezes.

Neurológicos o fármaco pode causar excitação ou depressão; também pode causar convulsão e ataxia.

Cardiovasculares o fármaco pode causar alterações na frequência cardíaca, como taquicardia ou bradicardia, e também arritmias (alterações no ritmo cardíaco).

Respiratórios o fármaco pode causar alterações brandas na frequência respiratória (taquipneia e bradipneia), como também causar alterações severas, tais como edema de glote e reação anafilática, podendo levar o animal a óbito por asfixia.

Seguem na lista abaixo alguns medicamentos proibidos e restritos para animais:

v  Medicamentos proibidos para gatos

• Ácido acetil salicílico (Aspirina®)
• Paracetamol (Tylenol®, Anador®)
• Pseudoefedrina (Claritin®, Tylenol Sinus®, Loratadina®)
• Salicilato de Bismuto (Pepto Bismol®, Peptozil ®)
• Ibuprofeno (Advil®)
• Piroxican (Feldene®, Inflamene®)
• Enema de Fosfato (Fleet Enema®)
• Xampu a base de Alcatrão (Sebotrat -O®, Ionil T®, Politar®)
• Xampu com Benzoato de Benzila (Acarsan®)
• Xampu com Ácido salicílico
• Xampu com Sulfeto de Selênio (Selsun Ouro®, Selsun Azul®)
• Peroxido de Benzoila – usar com cautela (Peroxidex®, Sana Dog®, Pertopic®)
• Piretróide (Antiparasitário como Butox® )
• Levamisol (Ascaridil®)
• Azatioprina (Imuram®)
• Piridium®
• Diclofenaco potássio (Cataflan®)
• Diclofenaco sódico (Voltaren®)

v  Medicamentos proibidos para cães

• Diclofenaco de potássio (Cataflan®)
• Diclofenaco sódico (Voltaren®) e a grande maioria dos anti-inflamatórios de uso humano
• Piridium®

  v  Medicamentos com o uso restrito em cães

• Ivermectina (Ivermec®, Vermectil®, Ivomec® entre outros)
A ivermectina tem amplo uso em cães, mas as raças collie, border collie, Pastor de Shetland, sheepdog, bearded collie, pastor australiano e todos os seus cruzamentos são intolerantes ao seu princípio, apresentando sérias alterações neurológicas.

    v  Medicamentos de uso controverso em cães

• Acetaminofem/Paracetamol (Tylenol®)
• 5- Fluororacil (Efurix®) – De uso tópico se ingerido causa grave intoxicação
• Risperidona (Risperidon®)

v  Medicamentos que requerem atenção à dosagem para cães

• Metronidazol (Flagyl®) – Dose alta pode causar sintomas neurológicos
• Sulfa-Trimetroprina (Bactrim®) – Quando em dose alta podem causar displasia de medula óssea levando a anemia e hepatopatia em labradores
• Sulfassalazina (Azulfin®) – Pode causar olho seco (KCS) nos cães
• Aspirina – A dose em cães deve ser muito menor que a dose em humanos

Alguns destes medicamentos são mais usados por humanos (venda sem receita médica) e, com isso, levam mais risco para os animais pelo fácil acesso (armazenamento inadequado) ou por estarem ao alcance do tutor, caso ocorra algum mal estar no animal (medicação por conta própria):

Ácido Acetilsalicílico (Aspirina®, AAS®, Doril®, Melhoral®)

   
Imagens: www.google.com

Este anti-inflamatório é muito tóxico para os gatos. Em humanos, o fármaco é eliminado de 3 a 4 horas; nos gatos, são necessários 3 dias para a eliminação do fármaco, o que predispõe à intoxicação. Caso seu uso seja imprescindível, deve ser utilizado sob a supervisão de um médico veterinário.

Sinais clínicos em gatos: ausência de apetite, vômito, salivação, emagrecimento, desidratação, febre, depressão, inflamação do fígado, anemia, incoordenação motora, convulsão e óbito.

Diclofenaco (Cataflan®, Voltaren®)

 
Imagens: www.google.com

Este anti-inflamatório e analgésico não é bem metabolizado por gatos e, principalmente, por cães, sendo altamente tóxico para estas espécies. Seu uso é totalmente contra-indicado para ambos.

Sinais clínicos em cães e gatos: diminuição ou ausência de apetite, vômito com sangue, fezes escuras, presença de sangue no ânus, sensibilidade abdominal, desidratação, gastrite, úlceras gástricas, hemorragia gástrica, congestão do fígado, necrose de rins, inflamação do intestino com hemorragia, edema e congestão do pulmão.

Paracetamol (Tylenol®, Parador®, Acetofen®)  


Imagem: www.google.com

Este analgésico não é bem metabolizado por cães e, principalmente, por gatos, sendo altamente tóxico para estas espécies. Seu uso é totalmente contra-indicado para ambos.

Sinais clínicos em cães: depressão, vômito, dores abdominais, inchaço (rosto, patas, membros dianteiros) e sinais associados à falência do coração e do fígado, podendo levar a morte.

Sinais clínicos em gatos: depressão, vômito, hematúria (sangue na urina), dificuldade para respirar, queda da temperatura corporal, fraqueza generalizada, cianose (mucosas azuladas), coma e óbito.

Dipirona (Novalgina®, Anador®)
  
 

Imagens: www.google.com

Este fármaco pode ser tóxico para os gatos devido ao fornecimento de doses repetidas.

Sinais clínicos em gatos: vômito com sangue, gastrite, gastroenterite, úlceras com hemorragias gastrointestinais, prostração e anorexia.

Ibuprofeno (Advil®, Brufen®)

 
Imagens: www.google.com

Fármaco anti-inflamatório e antipirético, contra-indicado para cães e gatos.

Sinais clínicos em cães e gatos: vômito, diarreia, dor abdominal, sangramento gastrointestinal, dificuldade respiratória, sintomas neurológicos, coma e morte.

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Medicar um animal por conta própria é muito arriscado. Apesar da boa intenção em querer amenizar o mal-estar ou dor que ele possa estar sentindo, pode causar sérias complicações.
É importante armazenar medicamentos em locais onde os animais não têm acesso, neutralizando o risco de ingestão e provável intoxicação.

Sempre procurar a ajuda de um médico veterinário, que saberá a dose correta dos medicamentos e o tempo ideal a serem administrados.


Referências –

http://mundologia-veterinariaebiologia.blogspot.com.br/2015/10/medicamentos-humanos-toxicos-para-caes.html

http://www.cvgarra.com/2016/03/02/lista-de-remedios-que-sao-proibidos-para-caes-e-gatos-e-alerta-sobre-os-riscos-da-auto-medicacao/

http://ongadota.blogspot.com.br/2016/07/medicamentos-perigosos-para-caes-e-gatos.html

https://dicaspeludas.blogspot.com.br/2013/06/ivermectina-seu-uso-indevido-pode-ser_1.html

http://www.resumaodeveterinaria.com.br/intoxicacao-por-medicamentos/