Fonte:
https://www.espacocao.com.br/catarata
O Glaucoma é uma doença considerada grave, de
causa multifatorial. Ocorre pela elevação da pressão intraocular (PIO) e pela
morte de células da retina e do nervo óptico, causando cegueira irreversível.
O humor
aquoso* é constantemente produzido e eliminado. Ele tem a função de nutrir
e limpar o olho, além de manter a pressão constante dando forma ao olho. Quando
esta síntese (produção) de fluídos ocorre de uma forma excessiva e não há tempo
suficiente para eliminar, surge o glaucoma.
*Humor aquoso – fluido composto por glicose, oxigênio e aminoácidos, resultante da
ultrafiltração e secreção ativa das células epiteliais ciliares.
Fonte: https://dicaspeludaswordpress.wordpress.com/2012/01/31/glaucoma/
Fonte: https://chdv1991.wordpress.com/category/animals/
Existem diferentes tipos de glaucoma, tais como:
§
congênitos
- alterações de nascença geralmente em cães da raça Chiahuahua, Bouvier dês
Flandres, Schnauzer Gigante, Cocker Spaniel e Samoieda.
O glaucoma congênito é caracterizado pela elevação
anormal da PIO associada à goniodisgenesia*.
Dessa forma, há o impedimento da drenagem do humor aquoso na zona do
trabeculado e pelas vias não convencionais. Esta condição também é conhecida
como displasia dos ligamentos pectinados.
*Goniodisgenesia - desenvolvimento anormal
do ângulo de drenagem iridocorneano. Gonioscopia: avaliação do ângulo da câmara
anterior do olho, permitindo ao veterinário distinguir entre o glaucoma de
ângulo aberto ou fechado e estimar a gravidade da obstrução do ângulo
iridocorneal.
§
primários
- aparecem sem ter tido doença ocular prévia e são ligados a algumas raças: Akitas,
Pugs, Basset hounds, Beagles, Bullmastiffs, Chow chows, Dálmatas, Dogue
alemães, Poodles, Schnauzers, Shar peis, Shih tzus, Huskies siberianos e Cocker
spaniels.
No glaucoma primário, o
aumento da PIO deve-se à obstrução da drenagem do humor aquoso pelo ângulo
irido-corneal, na ausência de outras afecções intraoculares pré-existentes.
§
secundários
- causados por inflamação, trauma, complicações pós-operatórias, catarata,
luxação da lente ou tumor intraocular.
No
glaucoma secundário, a elevação da PIO deve-se à doença intraocular
pré-existente ou concorrente que cause obstrução física da drenagem do humor
aquoso. Normalmente são condições unilaterais não-hereditárias, porém as
doenças que iniciaram seu desenvolvimento podem apresentar predisposição
genética em certas raças, como a catarata e a luxação da lente.
A etiopatogenia do glaucoma ainda não está totalmente
esclarecida, mas admite-se o aumento da PIO como o fator responsável pelas
lesões oculares.
Recentemente foi descrito glaucoma de baixa
pressão, hipertensões oculares sem alterações de campo visual e papila ótica e
glaucomas crônicos simples.
Sinais e sintomas –
Os primeiros sinais geralmente passam desapercebidos
pelos tutores dos animais e, por este motivo, a doença só é detectada quando a
PIO já se encontra muito elevada.
Um dos sinais mais comuns do aumento da PIO é a
presença de vasos episclerais ingurgitados e hiperemia conjuntival. A dor pode
ser expressa pelo animal ao esfregar os olhos contra o solo ou com as patas.
Vasos episclerais
engurgitados e hiperemia conjuntival em olho de cão da raça Husky Siberiano
acometido por glaucoma crônico.
Fonte: https://www.researchgate.net/figure/Figura-1-Vasos-episclerais-engurgitados-e-hiperemia-conjuntival-em-olho-de-cao-da-raca_fig1_242089347
Tratamento –
O objetivo do tratamento é a diminuição da PIO.
Para isto, os fármacos podem ser usados isoladamente ou juntamente com
procedimentos cirúrgicos, com o objetivo de preservar a função visual de olhos
glaucomatosos. O mais comum é aplicar um colírio para controlar o líquido
intraocular.
Apesar de seu baixo custo, a pilocarpina não deve
ser prescrita como primeira escolha para o tratamento do glaucoma, pois promove
quebra da barreira hematoaquosa, deteriorando o quadro clínico oftálmico de
pacientes portadores de glaucoma secundário. Por sua alta capacidade em induzir
efeitos colaterais, como acidose metabólica, a via tópica tem merecido
preferência.
Também se pode realizar um tratamento com
analgésicos ou anti-inflamatórios, uma vez que o glaucoma produz uma importante
dor ocular.
É importante prevenir a doença no olho não
acometido, pois há relatos de que, em até 50% dos casos, estes também
desenvolvem a síndrome até dois anos após o diagnóstico do primeiro olho
glaucomatoso.
Referências –
https://dicaspeludaswordpress.wordpress.com/2012/01/31/glaucoma/http://www.compuland.com.br/oftalvet/catarata.htm
https://www.peritoanimal.com.br/glaucoma-em-caes-sintomas-e-tratamento-7147.html
http://www.scielo.br/pdf/cr/v37n6/a54v37n6.pdf
http://www.naturalistotalalimentos.com.br/info/glaucoma-em-caes-causas-sintomas-tratamento/
http://www.scielo.br/pdf/cr/v36n6/a49v36n6.pdf
http://oftalmovetrp.com.br/blog/56-glaucoma.html
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