TEMA 1:
PLANTAS TÓXICAS
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EQUINOS – as intoxicações por
plantas é menos frequente em equinos, pois estes são mais exigentes em relação
à alimentação do que os bovinos (texto publicado em 11/07/2016). Mas alguns
fatores podem fazer com que os equinos consumam tais plantas, como a fome,
superlotação e a palatabilidade da planta. Também a época de seca, inverno,
inundações e queimadas levam à escassez de alimento, o que leva o animal a
comer o que tiver disponível. Pode ocorrer de a planta ser misturada no feno, o
que pode causar intoxicação.
O tipo e a quantidade da planta ingerida vão
dizer quais sinais e sintomas irão se manifestar no animal, podendo afetar o
sistema respiratório, o sistema gastrointestinal, os sistemas nervoso e
cardiovascular e o fígado, sangue e os rins.
Há uma variedade de plantas que podem trazer
problemas aos equinos. Algumas foram citadas nos textos anteriores referentes a
intoxicações por plantas, publicados nos dias 03, 07 e 11/07/2016 (Beladona,
Dedaleira, Sorgo, Bico-de-papagaio, Erva-de-São-Tiago). Seguem algumas delas:
SAMAMBAIA
http://www.vfthomas.com/checklistsMDI/Tracheophyta_monilophytes/familiarferns%20(in%20prep.).htm
Nome científico: Pteridium aquilinum.
Outros nomes populares: Samambaia-do-campo, Samambaia-das-taperas,
Pluma, Samambaia-brava, Pluma-grande.
Princípio ativo: glicosídeo cianogênico.
Parte tóxica: todas as partes da planta.
É um vegetal de característica invasora, sendo
bastante frequente em solos ácidos, arenosos e de baixa fertilidade. Infesta
campos, matas, beiras de matos e estradas. O broto é onde contém maior
concentração do princípio ativo. Após as queimadas, aumenta o potencial de
intoxicação, pois a samambaia brota. A ingestão de feno contaminado com
samambaia é capaz de intoxicar o animal, pois a fenação não destrói o princípio
ativo tóxico.
Sua ingestão pode causar anorexia, incoordenação
dos membros posteriores e andar cambaleante. Em estação, os animais permanecem
com os quatro membros afastados ou com os membros anteriores cruzados, e a
cabeça apoiada em árvores ou barrancos.
LEUCENA
http://sites.unicentro.br/wp/manejoflorestal/12375-2/
Nome científico: Leucaena leucocephala.
Outros nomes populares: Árvore-do-conflito,
Deserto-verde.
Princípio ativo: mimosina (aminoácido).
Parte tóxica: folhas e sementes.
Planta que tolera solos secos; tem preferência
por solos bem drenados e com pouca acidez. Tem o crescimento lento. Possui
palatabilidade e digestibilidade satisfatórias.
Não é recomendada para equinos por serem mais
sensíveis a mimosina que os bovinos. A intoxicação ocorre quando a planta é administrada
como único alimento, ou há consumo por escassez ou acidental.
Sua ingestão pode causar queda dos pelos da
cauda e da crina, salivação, perda de peso e úlceras na língua, faringe ou
esôfago. Em casos mais graves, pode levar ao óbito.
AVELÓS
http://www.cliquearquitetura.com.br/artigo/plantas-toxicas.html
Nome científico: Euphorbia tirucalli L.
Outros nomes populares: Graveto-do-cão,
Figueira-do-diabo, Pau-pelado, Árvore-de-são-sebastião, Pinheirinho, Labirinto,
Cassoneira, Cega-olho, Árvore-lápis. Também é chamada planta-de-petróleo porque
produz um hidrocarboneto muito parecido com a gasolina.
Princípio ativo: látex irritante, toxalbumina.
Parte tóxica: todas as partes da planta.
Avelós é uma planta que prefere solo arenoso e
rico em matéria orgânica, e clima quente e úmido. É suculenta, muito semelhante
a um cacto, que pode crescer até 10 metros de altura. É muito usada como cerca
viva e como barreira protetora contra incêndios.
O látex irritante pode causar lesões na pele e
mucosa, edema (inchaço) de lábios, boca e língua, dor, queimação e prurido.
Quando em contato com os olhos, pode provocar irritação, lacrimejamento, edema
de pálpebras e dificuldade de visão. Já a ingestão da planta pode causar
náuseas, vômitos e diarreias.
A toxalbumina é uma proteína muito tóxica, que
causa efeito altamente irritante sobre a mucosa gastrintestinal.
SAIA-ROXA
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Nome científico: Datura metel.
Outros nomes populares: Trompete-do-diabo, Trombeta-roxa,
Babado-de-viúva, Zabumba-roxa, Manto-de-cristo, Anágua-de-viúva.
Princípio ativo: alcaloide (daturina).
Parte tóxica: semente.
É um arbusto perene, cultivado no mundo inteiro
pela sua beleza e propriedades químicas. Cresce em estado selvagem em climas
mais quentes. Suas flores e caule possuem aroma agradável.
A ingestão da semente pode causar náuseas e
vômitos, mucosas secas, taquicardia, midríase, febre, agitação psicomotora, distúrbios
de comportamento, alucinações e delírios. Nos casos mais graves, pode levar a
depressão neurológica, coma, distúrbios cardiovasculares e respiratórios, e
óbito.
FIGUEIRA-BRAVA
http://www.discoverlife.org/mp/20q?search=Datura+stramonium&guide=Wildflowers&cl=US/IN
Nome científico: Datura stramonium L.
Outros nomes populares: Estramônio,
Erva-dos-bruxos, Figueira-do-demo, Figueira-do-diabo, Figueira-do-inferno,
Zabumba.
Princípio ativo: alcaloide tropânico.
Parte tóxica: todas as partes da planta.
É um arbusto que cresce em solos ricos em
nitrogênio, atingindo uma altura de até 2 metros. A erva deste arbusto possui
odor desagradável, quando fresca.
A ingestão da planta pode causar alucinações,
secura na boca, midríase (dilatação da pupila), hipertermia (aumento na
temperatura corporal), taquicardia (aumento dos batimentos cardíacos), agitação
e delírio. Também pode ocorrer vermelhidão e secura na pele. Nos casos mais
graves, pode ocorrer depressão neurológica e coma, distúrbios cardiovasculares,
respiratórios e óbito.
ALAMANDA
Nome científico: Allamanda cathartica L.
Outros nomes populares: Alamanda-amarela,
Alamanda-de-flor-grande, Dedal-de-dama, Dedal-de-moça, Carolina.
Princípio ativo: glicosídeo de esteroides (saponina).
Parte tóxica: todas as partes da planta.
É uma trepadeira arbustiva, que cresce de forma
mais intensa em clima quente e em solo arenoso e rico em matéria orgânica. Costuma-se
utilizá-la para coroamento de muros. Pode atingir até 5 metros de altura.
Quando ingerida, pode causar distúrbios
gastrintestinais intensos, náuseas, vômitos, cólicas abdominais e diarreias.
CICUTA
http://www.ebay.com/itm/100-Wild-crafted-Poison-Hemlock-Conium-maculatum-seeds-eco-harvested-1-2-gram-/251218930133
Nome científico: Conium maculatum L.
Outros nomes populares: Funcho-selvagem,
Cicuta-verdadeira.
Princípio ativo: alcaloide piperidínico.
Parte tóxica: todas as partes da planta (frutos
não maduros).
Planta herbácea que cresce em solo levemente
úmido, permeável, rico em material orgânico, e prefere locais sombreados. Pode
atingir de 1 a 2 metros de altura.
Quando ingerida, pode causar náuseas e vômitos
(às vezes, há presença de sangue). Quando afeta o sistema nervoso, pode causar
vertigens, distúrbios neurológicos, confusão mental, paralisia e coma. Pode
levar ao óbito.
TEIXO
https://br.pinterest.com/pin/508554982894094690/
Nome científico: Taxus baccata L.
Outros nomes populares: Teixo-colunar,
Teixo-fastigiato.
Princípio ativo: toxinas cardiotóxicas.
Parte tóxica: todas as partes da planta.
Planta que cresce em solos calcários, embora
prospere em qualquer tipo de solo. Cresce na sombra, mas também consegue viver
ao sol. Necessita de umidade e é resistente ao frio (até – 25ºC). Tem o
crescimento lento. Não há no Brasil (vale saber sobre ela, a título de
curiosidade).
Quando ingerida, pode causar boca seca, vômitos,
cólicas abdominais, vertigens, desmaios e dificuldade em respirar. Tem efeito
paralisante no coração.
Algumas outras plantas que podem levar os
equinos à intoxicações: cardamomo, trevo-branco, paina-de-sapo, arrebenta-boi,
glória-do-amanhecer.
http://www.expertoanimal.com/plantas-toxicas-para-caballos-20402.html
A prevenção e controle de plantas tóxicas nos pastos
e arredores são essenciais para assegurar a saúde dos animais. Nem sempre é
possível erradicar a planta do ambiente, mas um bom manejo dos animais
(evitando a concentração destes em espaços pequenos, o que causa escassez e
falta de variedade de alimento, por exemplo) faz com que a ingestão proposital
ou acidental não seja feita em quantidade perigosa para a saúde do animal.
O profissional deve conhecer bem as
características das plantas, sua sazonalidade, predominância quanto ao clima e
solo e seu principal princípio ativo. Isso ajudará a ter um diagnóstico mais
acertado e aplicar um tratamento adequado, quando couber.
Se houver suspeita de que o animal tenha
consumido alguma planta tóxica, contate um veterinário imediatamente,
fornecendo a ele toda e qualquer informação que possa levar a um diagnóstico
mais preciso.
‘A Natureza é o único
livro que oferece um conteúdo valioso em todas as sua folhas” – Johann Goethe
Referências –
http://www.bichosbrasil.com.br/plantas-toxicas-para-equinos/
http://ipomeacarnealeucaenaceucocephala.blogspot.com.br/2015/03/leucaena-leucocephala.html
http://pt.slideshare.net/marcioravazoli/plantas-txicas-28614989
http://www.florestar.net/teixo/teixo.html
http://zootecniae10.blogspot.com.br/2012/07/leucena-leucaena-leucocephala.html
http://faef.revista.inf.br/imagens_arquivos/arquivos_destaque/tmP7sqM07csESos_2013-5-13-17-8-24.pdf
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