TEMA 1:
PLANTAS TÓXICAS
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CAPRINOS – a cabra doméstica
foi, depois do cão, o primeiro animal a ser domesticado durante o período Neolítico,
e o primeiro a produzir leite para o homem. São animais capazes de sobreviver
em condições de alimentação escassa e de baixa qualidade, áreas montanhosas e
solos pedregosos.
Na criação extensiva, os caprinos alimentam-se
de gramíneas, leguminosas, arbustos e folhagens diversas. Consomem cerda de
cinco litros de água por dia.
O conhecimento sobre intoxicações por plantas em
caprinos ainda é limitado por falta de estudos mais profundos. Consomem
diversos tipos de folhagens e arbustos que podem ter componentes tóxicos,
principalmente em períodos de escassez, e a falta de estudos não permite uma
avaliação mais precisa da quantidade e do tempo que levam para se intoxicarem.
O tipo e a quantidade da planta ingerida vão
dizer quais sinais e sintomas irão se manifestar no animal, podendo afetar o
sistema respiratório, o sistema gastrointestinal, os sistemas nervoso e
cardiovascular e o fígado, sangue e os rins.
Há uma variedade de plantas que podem trazer
problemas de saúde aos caprinos. Seguem algumas delas:
SALSA-BRAVA
http://papjerimum.blogspot.com.br/
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Nome científico: Ipomoea asarifolia.
Outros nomes populares: Salsa-da-praia, Salsa,
Batatarana, Jetirana.
Princípio ativo: pertence a um grupo de plantas
denominadas tremorgênicas, mas seu princípio ativo é desconhecido.
Parte tóxica: -----
Planta que se desenvolve em solos de baixa fertilidade,
com preferência por áreas arenosas. Cresce em margens de córregos, rios,
proximidade de reservatórios de água, terrenos baldios e beira de estradas.
A intoxicação ocorre na época de seca, quando há
carência de forragens. Não apresenta boa palatabilidade, fazendo com que os
animais a comam somente quando não há disponibilidade de forrageiras de
qualidade.
Em caprinos, os sinais clínicos são
caracterizados por depressão, sonolência, tremores dos músculos da cabeça e
pescoço, tremores da cabeça, incoordenação motora, opistótono e nistagmo
(movimentos involuntários dos olhos).
GUANXUMA
http://cangucuemcores.blogspot.com.br/2011/08/guanxuma-sida-sp.html
Nome científico: Sida carpinifolia L.
Outros nomes populares: Malva-branca,
Chá-da-índia, Vassoura, Guanxuma-branca, Guaxima, Malva-preta,
Vassoura-de-relógio, Vassoura-do-campo, Vassourinha.
Princípio ativo: alcaloide indolizidínico
(swainsonina).
Parte tóxica: -----
Planta subarbustiva, com 30 a 70 cm de altura.
Propaga-se exclusivamente por sementes. Prefere solos ácidos e ensolarados. É
invasora de lavouras e pastagens, frequente em solos arenosos nas planícies
litorâneas.
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-736X2002000200004
A ingestão das partes tóxicas desta planta pode
provocar alterações neurológicas, tais como tremores de cabeça, dismetria
(desorientação espacial), quedas frequentes, dificuldade de apreender e
deglutir os alimentos. Também pode causar diarreias, problemas de dentição e em
esqueleto e inchaço na cabeça.
ALGAROBA
http://www.flowersofindia.net/catalog/slides/Algaroba.html
http://www.flowersofindia.net/catalog/slides/Algaroba.html
Nome científico: Prosopis juliflora.
Outro nome popular: Algarobeira.
Princípio ativo: alcaloides piperidínicos.
Parte tóxica: favas.
É uma árvore espinhosa que tem rápido
crescimento, chegando a 12 metros de altura. Produz frutos no segundo ou
terceiro ano após seu plantio. Cresce sobre diferentes classes de solos, mesmo
que rochosos, arenosos ou salinizados. Resiste a longas estiagens, com períodos
superiores a nove meses de seca.
Para o animal se intoxicar, são necessárias
doses acima de 60% da alimentação diária, por longos períodos. Os caprinos não
são capazes de digerir totalmente as vagens da algaroba.
Quando ingerida pelos caprinos, pode causar
salivação, emagrecimento e tremores dos lábios, da mandíbula e da cabeça,
principalmente durante a mastigação. Isso evidencia debilidade nos músculos da
mastigação.
Outras espécies de plantas que podem causar
intoxicação aos caprinos: Jetirana (Ipoema
sericophylla), Canudo-do-brejo (Ipoema
carnea), Guizo-de-cascavel (Crotalaria
retusa), Cipó-de-rêgo (Arrabidaea
corallina).
http://estagiositiodosherdeiros.blogspot.com.br
A prevenção e controle de plantas tóxicas nos
pastos e arredores são essenciais para assegurar a saúde dos animais. Nem
sempre é possível erradicar a planta do ambiente, mas um bom manejo dos animais
(evitando a concentração destes em espaços pequenos, o que causa escassez e
falta de variedade de alimento, por exemplo) faz com que a ingestão proposital
ou acidental não seja feita em quantidade perigosa para a saúde do animal.
O profissional deve conhecer bem as
características das plantas, sua sazonalidade, predominância quanto ao clima e
solo e seu principal princípio ativo. Isso ajudará a ter um diagnóstico mais
acertado e aplicar um tratamento adequado, quando couber.
Se houver suspeita de que o animal tenha
consumido alguma planta tóxica, contate um veterinário imediatamente,
fornecendo a ele toda e qualquer informação que possa levar a um diagnóstico
mais preciso.
‘A Natureza é o único
livro que oferece um conteúdo valioso em todas as sua folhas” – Johann Goethe
Referências –
http://www.milkpoint.com.br/radar-tecnico/ovinos-e-caprinos/intoxicacao-por-plantas-do-genero-iipomoea-asarifoliai-62860n.aspx
http://www.fcav.unesp.br/download/pgtrabs/cmv/d/3571.pdf
http://www.ivis.org/proceedings/abmg/2005/pdf12.pdf?LA=7
https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/bitstream/doc/578718/1/CT240.pdf
http://www.ppmac.org/?q=content/guanxuma-vassoura
http://www.veterinariandocs.com.br/documentos/Arquivo/Plantas%20T%C3%B3xicas/Plantas%20T%C3%B3xicas%2002.pdf
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